23 maio 2010

VI Raid por Terras de Mato, Cabeça Gorda

5 horas da matina, e o despertador do telemóvel começa numa algazarra, toca a levantar a muito custo e a despachar, pois o caminho era longo.

O material esse tinha ficado despachado no dia anterior, pessoal pronto, então toca a rumar direito ao destino, o VI Raid Por Terras de Mato, em Cabeça Gorda, Beja, eram 5.50.

7.50 estávamos a chegar a Cabeça Gorda, hora de levantar o dorsal, no caminho para o secretariado, três caras conhecidas, a Turtle (com dois sacos dos seus já famosos quadradinhos, nham, nham), o TDI, e o Rui Santos.

Levantamento do dorsal e respectivo saco de oferendas bastante rápido, dando tempo para uma escapadela à mesa de iguarias ali mesmo ao lado para comer uns quadradinhos, ;-) e que bons que estavam!

Realce para a oferenda principal, uma garrafa em barro alusiva ao evento, muito bonita e original!!!

Depois de todo equipado, um pequeno aquecimento, e rumei á partida, onde encontrei mais caras conhecidas, os amigos Mamede Nazaré, Emídio Cordeiro, e Casimiro, depois dos comprimentos mais um “assalto” á mesa das iguarias!!!

Partida simbólica (o controle 0 seria em salvada a 3 Km dali) á hora marcada, e lá fui na companhia do Rui Santos, sempre em ritmo de passeio, até ao controle 0.

Já tinha estado neste raid na sua 4ª edição em 2008, com alguma chuva, tendo na altura gostado muito do percurso, por isso era com alguma expectativa que dava inicio ao meu raid, expectativa pelo percurso, que após consulta da altímetria se adivinhava duro, pela afirmação por parte da organização de que as paisagens envolventes ao percurso eram lindas e também pelo calor que se iria fazer sentir.

Primeira parte do percurso mais rolante com subidas e descidas menos acentuadas, até ás margens do rio Guadiana, depois seguiu-se em single track pelas margens do rio até aparecer a primeira dificuldade do dia, uma autentica parede para escalar, no topo, um dos muitos pontos de abastecimento de água, que nos foram oferecidos ao longo do percurso, com direito a escolha “fresca ou natural?”.

A partir dali seguiu-se quase sempre em sobe e desce, com as inclinações de subida e descida não muito acentuadas, com excepção a um ou outro ponto.

Foi nesta altura que apareceu o primeiro reabastecimento com sólidos e líquidos, apenas bebi água, e siga.

Mais á frente um pequeno troço, e único ao longo do percurso (com a excepção do inicio), em alcatrão, onde deu para contemplar um ninho de cegonha com a lotação esgotada, (vejam as fotos), que nos levou até á terriola de Vale de Russins, para logo de seguida entrarmos de novo nos trilhos.

Foi a partir daqui que começaram a surgir as primeiras das dezenas de bandeiras de Portugal, que decoravam os trilhos, fica aqui explicação para esta decoração, publicada no ForumBtt:

“As bandeiras foram postas no percurso curiosamente pelo senhor Angel, um senhor espanhol proprietário da herdade da Brunheira, onde passou o percurso, foi ele também que ofereceu as garrafas de vinho branco da sua colheita durante o almoço”

Nesta herdade estava localizada também a secção mais bonita, quanto a mim, de todo o percurso, feito sempre nas margens de uma represa de água durante vários quilómetros, muito bonita!!

Aqui nos aguardava também o segundo reabastecimento, meus senhores, minhas senhoras, um autêntico banquete, com meninas vestidas a rigor e tudo, se na Vidigueira correm com os Vergonhas dos reabastecimentos, aqui tinham de chamar as autoridades para nos tirarem dali!!, donuts, queijo, chouriço, sandes variadas, bolos secos, vinho fresquinho, servido em copos de vidro, sumos, eu sei lá, um autêntico banquete de casamento.

Bom mas tinha de seguir!!!

O trajecto a partir daqui foi sempre num sobe e desce constante bastante acentuado, realce para certas descidas com curvas bastante apertadas no fim, dando asas a que se fossem formando zonas de escapatória, tal já não tinham sido as saidas em frente!!

A última grande dificuldade do dia estava reservada a cerca de 3, 4 Km do fim, a travessia de uma ribeira seca, com degrau para entrar e sair e pedras granditas soltas a servir de leito, e logo de seguida uma subidita com cerca de 20% de inclinação e 100 m de extensão, a partir daqui foi sempre a rolar até Cabeça Gorda, com direito a entrevista á chegada!

Em relação ao almoço apesar de ter pago, não pode ficar, mas ao que conheço, e ao que já li e ouvi, foi um banquete.

Conclusão, FOI MARAVILHOSO, vim de Cabeça Gorda, com a ALMA preenchida!

Bem hajam Gentes de Cabeça Gorda, para o ano contem comigo mais uma vez, e se calhar com mais Vergonhas !!!



As Fotos:


A original oferta:


O banquete no 2º Reabastecimento:


O percurso:


Altimetria:


Classificação 45 Km Masculino
Classificação 45 Km Feminino
Classificação 75 Km Masculino
Classificação 75 Km Feminino

2 comentários:

Ti Coelha disse...

Grande banquete... digo, grande raide! Temos que o fazer para o ano...!

Anónimo disse...

Acho que este passeio/abastecimentos PRECISAM MESMO MESMO de conhecer os Fazvergonhas na sua plenitude numérica!!
Quem sabe talves para o ano!!
Bora Vergonhosos que não trabalhem ao sábaduuuuuuuuuu!!