15 junho 2008

Relato de um homem que depilou os tintins

Estava eu a ver TV numa tarde de domingo, naquele horário em que não
se pode inventar nada para fazer, pois no outro dia é segunda-feira,
quando a minha esposa se deitou ao meu lado e começou a brincar com
minhas 'partes'.

Após alguns minutos ela teve a seguinte ideia: - Por que é que não me
deixas depilar os teus 'ovinhos', pois assim eu poderia fazer 'outras
coisas' com eles.

Aquela frase foi igual a um sino na minha cabeça. Por alguns segundos
imaginei o que seriam 'outras coisas'. Respondi que não, que doeria
coisa e tal, mas ela veio com argumentos sobre as novas técnicas de
depilação e eu a imaginar as 'outras coisas', não tive argumentos para
negar e concordei.

Ela pediu-me que me pusesse nu enquanto ia buscar os equipamentos
necessários para tal feito. Fiquei a ver TV, porém a minha imaginação
vagueava pelas novas sensações que sentiria e só despertei quando ouvi
o beep do microondas.

Ela voltou ao quarto com um pote de cera, uma espátula e alguns
pedaços de plástico. Achei estranhos aqueles equipamentos, mas ela
estava com um ar de 'dona da situação' que deixaria qualquer médico
urologista sentir-se um principiante.

Fiquei tranquilo e autorizei o restante processo. Pediu-me para que eu
ficasse numa posição de quase-frango-assado e libertasse o aceso à
zona do tomatal.

Pegou nos meus ovinhos como quem pega em duas bolinhas de porcelana e
começou a espalhar a cera morna. Achei aquela sensação maravilhosa! O
Sr. 'tolas' já estava todo 'pimpão' como quem diz: 'Sou o próximo da
fila!'

Pelo início, imaginei quais seriam as 'outras coisas' que aí viriam.
Após estarem completamente besuntados de cera, ela embrulhou-os no
plástico com tanto cuidado que eu achei que ia levá-los de viagem.
Tentei imaginar onde é que ela teria aprendido essa técnica de prazer:
Na Tailândia, na China ou pela Internet?

Porém, alguns segundos depois ela esticou o 'saquinho' para um lado e
deu um puxão repentino. Todas as novas sensações foram trocadas por um
sonoro ' A PUUUUTA QUEEEE TE PARIUUUUUUU', quase gritado letra por
letra.

Olhei para o plástico para ver se a pele do meu tin-tin não tinha
vindo agarrada. Ela disse-me que ainda restavam alguns pelinhos, e que
precisava repetir o processo. Respondi prontamente: Se depender de mim
eles vão ficar aí para a eternidade!

Segurei o Sr. Esquerdo e o Sr. Direito nas minhas respectivas mãos,
como quem segura os últimos ovos da mais bela ave amazónica em
extinção, e fui para a banheira. Sentia o coração bater nas
'pendurezas'.

Abri o chuveiro e foi a primeira vez na minha vida que molhei a salada
antes de molhar a cabeça. Passei alguns minutos deixando a água gelada
escorrer pelo meu corpo. Saí do banho, mas nestes momentos de dor
qualquer homem se torna num bebezinho: faz m**** atrás de m****.
Peguei no meu gel pós barba com camomila 'que acalma a pele', besuntei
as mãos e passei nos 'tomates'.

Foi como se tivesse passado molho de piri-piri. Sentei-me no bidé na
posição de 'lavagem checa' e deixei a água acalmar os ditos. Peguei na
toalha de rosto e abanei os 'ditos' como quem abana um pugilista após
o 10° round.

Olhei para meu 'júnior', coitado, tão alegrezinho uns minutos atrás, e
agora estava tão pequeno que mais parecia o irmão gémeo de meu umbigo.

Nesse momento a minha esposa bate à porta da casa de banho e
perguntou-me se eu estava bem. Aquela voz antes tão aveludada e
sedutora ficou igual a uma gralha. Saí da casa de banho e voltei para
o quarto. Ela argumentava que os pentelhos tinham saído pelas raízes,
que demorariam a voltar a crescer. Pela espessura da pele do meu
tin-tin, aqui não vai nascer nem sequer uma penugem, disse-lhe.

Ela pediu-me para ver como estavam. Eu disse-lhe para olhar mas com
meio metro de intervalo e sem tocar em nada, acrescentando que se lhe
der para rir ainda vai levar PORRADA!!

Vesti a t-shirt e fui dormir, sem cuecas. Naquele momento sexo para
mim nem para perpetuar a espécie humana.

No outro dia de manhã, arranjei-me para ir trabalhar. Os 'ovos'
estavam mais calmos, porém mais vermelhos que tomates maduros. Foi
estranho sentir o vento bater em lugares nunca d'antes soprados.

Tentei vestir as boxers, mas nada feito. Procurei algumas mais macias
e nada. Vesti as calças mais largas que tenho e fui trabalhar sem nada
por baixo.

Entrei na minha secção com uma andar igual ao de um cowboy cagado.
Disse bom dia a todos, mas sem os olhar nos olhos, e passei o dia
inteiro trabalhando de pé, com receio de encostar os tomates maduros
em qualquer superfície.



E como hoje temos jogo:

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